Sim, Senhor! (FILME)

Carl Allen (Jim Carrey), vive deprimido e de mal com a vida. Nega tudo a todos, evitando os familiares e amigos. Certo dia, ele vai até um culto de auto-ajuda indicado por um conhecido, onde se prega que devemos dizer sim a tudo que nos acontece ou é oferecido.
Quando começa a fazer isso, a vida de Carl muda radicalmente. Ele é promovido, conhece a garota por quem se apaixona e suas amizades melhoram consideravelmente. Mas dizer sim para tudo que aparece, pode levar a certos exageros e gerar situações complicadas.
Pra começar, um filme que conta com a atuação de Jim Carrey, já sai um pouco do comum. Espere por muita careta e inquietação na atuação do protagonista. Toda trama se desenvolve em cima da máxima do palestrante de auto-ajuda. “Diga sempre sim”. Mas o filme até que passa uma mensagem interessante, apesar de fugir completamente de qualquer espécie de filosofia cristã.
Se olharmos para o passado, podemos recordar o quanto a “igreja” usou de poder para alcançar o objetivo e suprir a ganância de alguns homens interesseiros. Como tudo que eles diziam era a lei, elevada até acima de reis e impérios, ninguém ousava contradizer. Muitas supertições eram mantidas para extorquir bens e favores do povo ignorante.
Esse período mudou drasticamente com toda a corrente do modernismo, levando o homem a buscar mais iluminação intelectual e apelar mais para a razão. Hoje, porém, parece que a coisa tomou um novo rumo. Com essa torrente de informações e propagação de apelos publicitários, muitas vezes se torna difícil ter um senso crítico eficiente. Acabamos balançando positivamente a cabeça para muitas coisas que se quer concordamos.
E o que dizer dos preceitos religiosos? Muita gente frequenta semanalmente a igreja e sequer sabe no que acredita. Diz sim a tudo o que o pastor fala. Amém, pra cá, amém pra lá, mas nem se pergunta se isto está certo ou não. Como o filme demonstra, isso pode trazer sérias consequências.
Mas você está dizendo que eu não devo acreditar em nada? (Você pode estar me perguntando). Claro que não. Devemos acreditar em algo, pois senão, nossa existência se torna sem sentido. Mas ter fé não significa fechar os olhos e acreditar cegamente. Significa ter certa de algo tão fortemente, que podemos confiar de olhos vendados.
Como acontecia com o povo de Beréia, nos tempos de Paulo: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” Atos 17:11. Viu só a diferença. Devemos ir a fundo em cada questão, antes de tomarmos uma decisão. E isso equivale também para aquilo que assistimos. É por isso que criamos esse blog. Não que o que dizemos aqui seja a verdade final sobre tudo. É apenas um exercício para discutirmos publicamente aquilo que observamos. E convidamos você sempre a fazer o mesmo. Participe conosco.
Bom segundo semestre de 2009!

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