X-Man Origins: Wolverine (FILME)



Foi com grande expectativa que eu assisti o filme do Wolverine. Sempre fui fã das peripécias desse baixinho de temperamento forte, e acompanhar o surgimento dele em filme era algo que eu esperava há muito tempo. Tenho que confessar o filme ficou aquém do que esperava. Hugh Jackman está bem no papel. Os efeitos especiais são bons. E até mais ou menos a metade do fillme, o roteiro é impecável. Tirando os momentos em que Logan fica brincando de casinha com sua namorada, é uma adaptação bastante razoável para os fãs. 

Só que do meio pra frente, a confusão se arma. Rola muita pancadaria e pouco roteiro. As vezes, em situações que um só poderia resolver, cada um faz alguma coisinha apenas para poder aparecer no filme. Que nem aqueles garotos travessos que ficam tentando aparecer na televisão em reportagem ao vivo.  Enfim, não é um filme massante, é até legal de se ver. Claro que poderia ser melhor. Bem melhor. Mas em vista do último "X-MEN 3", este aqui tá uma obra de arte.

Vamos então à nossa dicussão.

Pra quem acompanha a trajetória do personagem desde seu tempo de HQ, sabe que ele perdeu sua memória desde a experiência da arma X e, desde então, busca uma maneira de recuperar suas lembranças. No filme não é diferente. Querendo resolver a vingança da perda de sua namorada, Logan se submete às experiências do coronel Striker, se transformando na poderosa arma X, com esqueleto de adamantium. Assim, ele se torna quase que indestrutível. Para tentar vencê-lo, Striker atira em sua cabeça com balas do mesmo material do esqueleto do Wolverine. Mesmo se recuperando devido ao seu alto fator de cura, o baixinho perde todas as suas lembranças e passa a viver apenas da identidade inscrita em seu medalhão do exército.

Essa busca por respostas, há muito tempo é estudado no campo filosófico. A grande pergunta "Quem sou eu?", acompanhada de "De onde vim e para onde vou?", é o que os filósofos chamam de antropologia.

Esse porém, é um dos campos menos concordantes de todas as ciências. Quando mais tempo dedicamos a nos conhecermos, menos nos conhecemos. Hoje sabemos muito sobre as galáxias, sobre os microseres que dividem o planeta Terra conosco, mas não podemos dizer que nos conhecemos bem. Um grande conselho já se encontrava na inscrição a porta do Oráculo de Delfos: "Conhece-te a ti mesmo". Mas esse parece ser para nós um quebra-cabeça totalmente sem solução. Devemos nos conhecer, mas não nos conhecemos.

Por quê? Porque de forma alguma isso é um problema a ser resolvido. É na verdade um mistério ao qual pertencemos e estamos inseridos. Não podemos resolver este problema, pois NÓS somos este problema. Da mesma forma que o olho vê os objetos mas não pode ver a si mesmo, assim é o mistério da mente, que pode compreender as coisas mas não a si mesma. É por isso que para obter respostas, precisamos de um outro olho que olhe por nós. Uma outra mente que possa compreender a nossa. E quem melhor do que Jesus, o nosso Criador, para explicar nossas dúvidas? Nas palavras do célebre João Paulo II: "Só Jesus mostra o homem a si mesmo".

Um sábio chamado Nicodemos, uma vez procurou Jesus para tentar entender os mistérios que o cercavam. Jesus disse que ele deveria nascer de novo. Essa resposta causou mais dúvidas na cabeça do velho Nick. A questão é que só nascendo novamente em Cristo e com a ajuda do Espírito Santo, poderemos seguir no caminho certo das respostas que precisamos. É a obra do Espírito que nos trará discernimento para conhecermos a Jesus e automaticamente nos conhecermos melhor, pois fomos feitos à Sua imagem.

Era esse ponto que Nicodemos não entendia. Ele sabia sobre tudo o mais, menos o que realmente importava. Desconhecia a razão principal de sua existência, e essa razão estava sentada bem diante dele. Enquanto Wolverine prossegue cegamente em busca de suas próprias respostas, nós seguimos em busca das nossas.

Um comentário:

  1. Ok eu tenho que confessar: eu ainda não vi esse filme. Gosto muito dos dois primeiros filme de X-Man e sonho com que Brian Signer (como escreve o nome dele? rs) volte a ser diretor do próximo filme.

    Quanto a sua aplicação Crista do filme gostei do pensamento. Realmente quem somos é a pergunta mais importante para respondermos, saber quem somos determina a próxima pergunta: quem queremos ser?

    Responder essas duas perguntas é de uma importância vital para nossa vida nesse mundo e no proximo também...

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