Tenho que ser sincero, gostei muito da ideia do filme Jumper. A primeira vez que ouvi falar do filme fiquei imaginando que a ideia original do filme era muito furada, mas uma história onde pessoas tem o poder de saltar para onde quiser, em qualquer local no mundo, é no mínimo curiosa. Claro que neste filme falta uma história e um mínimo de coerência em algumas sequências do filme.
Muitas pessoas tem a ideia de que um filme "pipoca" (aquele que serve apenas para se divertir, o qual depois de visto não serve para nada mais) não pode ser muito cobrado em seu roteiro. Mas não concordo com isso não. O que estou exigindo no caso de Jumper (considerando este como um filme pipoca), não é nem uma discussão filosófica forte, ou mesmo uma grande lição de moral (claro que sou adepto a estas coisas, e Jumper perdeu uma grande oportunidade de discutir o racismo - afinal porque querer acabar com os Jumpers? apenas porque eles são diferentes? - ou mesmo a relação entre poder e responsabilidade - a quem fica a decisão de tirar uma vida, seja lá pelo motivo que for?).
Gostaria de ter visto neste filme um pequeno respeito ao publico, no qual seria mostrada uma história coerente e com uma função de existir (mesmo que seja para uma mera diversão. Deixando claro, divertir não é sinonimo de esquecer meu cérebro em casa e sei que algumas coisas são idiotas ou mesmo forçadas demais). O máximo que consegui de tal filme foi um sentimento de indiferença muito grande quanto aos personagens principais. Não consegui engolir em momento algum a desculpa da mãe em abandonar o filho e nem mesmo entendi a intenção de tais pessoas quererem matar os Jumper (se bem que eles merecem morrer pela futilidade enorme na qual usam seus poderes). Uma pena, pois o filme prometia. Ainda bem que sobram lindas paisagens e uma boa dose de ação.
Agora a única aplicação espiritual que poderia ser feita a esse filme (tirando as discussões que o filme poderia ter feito como disse acima) é que seria muito fácil pular de um local a outro deixando nossos problemas para trás sem pensar nas consequências. Acho que o melhor a se fazer é realmente agradecer a Deus por não termos essa habilidade (ou poder ou dom, você escolhe), pois acredito que a maioria de nos (eu inclusive) não saberíamos lidar com tanta responsabilidade assim (ficaríamos facilmente corrompido). Obrigado Senhor, por sempre me tornar fraco, mas sempre estar por perto para ser minha força.
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